Decido aproveitar o domingo meio chuvoso para ver esta exposição.
Não está bom tempo para passear mas também não apetece ficar em casa.
Para contrariar esta tendência tão portuguesa de deixar tudo para
o último dia lá fui eu rumo à cordoaria nacional, munida do cartão da CGD
que dava desconto no preço do bilhete.
Ao chegar à cordoaria uma fila de gente á porta e o pensamento
"fico na fila ou venho cá depois" ecoou. Porra!! Vamos ficar, foi a
minha resposta. Muito bem !!! Orgulhosa de mim chego ao fim da fila e lá me
arrumo.
Quase a meio eis que São Pedro decide contemplar nos com uma
borrasca valente!
Irra q fui teimosa, devia ter ido para casa. Já tou ensopada até
aos ossos quando a fila avança e conseguimos entrar.
Compramos os bilhetes e lá vamos nós.
O pessoal simpático.
A sala é razoável.
Mas a grande decepção é o vidro que emoldura as fotos, ou
melhor o reflexo causado pelo vidro.
O objectivo de uma exposição de fotografia é que se olhem para as
fotos, mas este vidro torna a missão quase impossível a menos que nos
coloquemos a 2 metros de distância, mas aí perdemos a subtileza dos detalhes.
As legendas estão em Inglês e em Português, o que é uma vantagem
para o turismo, mas estão numa letra tão pequena que temos que estar em cima da
foto para ler a legenda. Mas depois temos que nos distanciar para conseguir
olhar para a foto e não para os reflexos de tudo o que está à volta.
Esta foi a parte menos boa da exposição.
Mas depois de nos habituarmos à ginástica do "vai à frente e
vai atrás" conseguimos aproveitar a exposição.
Conforme está indicado no site esta exposição está dividida por 2
pisos, sendo que o piso superior é acessível apenas por escadas, e por
isso não aconselhável a deficientes motores.
Eu, distraída de nascença, claro que tive que me estatelar a
meio das escadas que levam ao primeiro andar, deveria ter lido o aviso: ESCADAS
IRREGULARES!
Em geral gostei da exposição, as fotos eram de uma beleza
incrível, conseguimos ser transportados ao momento em que o artista a
tirou. E percebemos que o nosso planeta é muito mais importante e vasto do que
o nosso quintal.
A pata da iguana ainda hoje está gravada na minha mente, as várias
tonalidades que a pele reflete são deslumbrantes.
Recomendo a todos que a visitem.
Conselho para a organização: À entrada entreguem um flyer
com as legendas de cada foto para os visitantes poderem ler comodamente
enquanto apreciam a foto.